domingo, 16 de fevereiro de 2014

Compressores - Resumo


Compressor
O compressor é essencial na mixagem, com ele facilmente controlamos a dinâmica de qualquer instrumento, e é com ele que realçamos um determinado instrumento ou voz na mixagem.
São várias as forma de compressão, e são vários os usos que damos ao compressor. Vamos ver os tipos de compressão e sua forma de utilização.
Primeiramente precisamos saber o que é compressor.
O Compressor nada mais é que um regulador de dinâmica do sinal de áudio. Dinâmica é a variação entre os trechos fortes e fracos de uma determinada passagem. Numa voz, por exemplo, sempre temos trechos fortes e fracos, que variam em volume. O compressor atua nessa variação, e com ele podemos deixar o volume mais homogêneo, diminuindo as variações de dinâmica, diminuindo os picos e aumentando os trechos fracos.
Vamos imaginar um piano que em determinadas partes da música fica alto, e em outras partes quase não aparece. Neste caso temos um problema de dinâmica, ou seja, o músico tocou determinadas notas de forma muito acentuada, e em outras partes tocou notas muito suaves. Dependendo do estilo da música, essa dinâmica pode ser até imprescindível, mas em outros estilos isso se torna um problema.
Usando um compressor de forma correta iremos reduzir esses picos, e automaticamente aumentar as partes fracas, fazendo com que o piano, ou qualquer outro instrumento, fique com o volume mais homogêneo do início ao final da música.
Existem diferentes tipos de compressores, cada tipo servindo para um uso específico.
Na maioria dos compressores podemos trocar o tipo de compressão.



Tipo de compressores
Os tipos de compressores são:
  • CLASS A_R e CLASS A_U
  • VCA
  • FET
  • OPTO
Conhecendo esses tipos diferentes de compressão saberemos qual o tipo melhor a ser utilizado em uma determinada tarefa.



CLASS A_R & CLASS A_U
  • Este tipo é encontrado nos compressores clássicos. Utilizam válvulas e deixam o áudio com uma compressão mais quente.



VCA
  • É um circuito que possui resposta rápida, e pode trabalhar com uma quantidade exagerada de volume. Este tipo de compressão é muito transparente, e é uma boa escolha para submixagens de bateria.
FET
  • Este é o tipo de compressor que mais se aproxima da característica valvulada. Com ataque muito rápido, este circuito não é a melhor escolha para quantidade exagerada de volume. Ele fica melhor aplicado em vozes.
OPTO
  • É um dispositivo eletrônico projetado para transferir sinais elétricos utilizando ondas de luz, proporcionando assim acoplamento com isolação elétrica entre a sua entrada e saída. Fica muito bem utilizado em guitarras, baixos e tem seu uso muito popularizado em tarefas de masterização.



Os controles do compressor

  • THRESHOLD: É com este controle que determinamos onde o compressor começa a atuar, sua regulagem é em dB. Para entender melhor, vamos supor que ajustamos o threshold em – 35 db, então quando o áudio chegar nesse nível a compressão terá início, caso o nível do áudio não chegue a – 35db o compressor não atua.
  • RATIO: Após ajustar o threshold, regulamos a sua intensidade. No ratio temos as razões 2:1 , 3:1 , 5:1, etc. Ou seja, no lado esquerdo da razão são mostrados os dB que estão entrando e no lado direito são mostrados os dB que estão saindo (a taxa de compressão). Como exemplo, vamos supor que temos 3 dB ultrapassando o nível estabelecido em threshold. Sendo assim, o compressor vai mandar para a saída apenas 1 db. Em outras palavras, quanto menor for o número esquerdo da razão (o número antes dos dois pontos), mais suave será a taxa de compressão, quanto maior for o número esquerdo da razão, mais forte será a compressão.
  • ATTACK: O Attack é o tempo que o compressor levará para começar a atuar depois que o nível do sinal ultrapassar o nível que está estabelecido em threshold. Na prática, para liberarmos os transientes (picos do sinal) devemos deixar o attack com um tempo lento. No entanto, se quisermos eliminar os transientes, usamos um tempo menor de attack. Esse ajuste é realizado em milissegundos.
  • RELEASE: O Release é o tempo que o compressor permanece ainda atuando depois que o nível do sinal cai abaixo do nível estabelecido em threshold. Na prática, para obtermos menos sustentação na nota usamos tempos curtos de Release. Para obter uma maior sustentação usamos tempos longos de Release, o que fará com que a nota seja comprimida por mais tempo. Por exemplo, nas guitarras usamos tempos de Release lentos.
  • REDUCTION: Aqui é mostrado a quantidade de redução que o compressor está fazendo no sinal. Isso é mostrado em dB.
  • IN – OUT: Aqui podemos analisar o quanto temos de entrada, e o quanto temos de saída no compressor, ou seja antes de ser processado, e depois de passar pelos parâmetros.
  • OUTPUT: Aqui na saída iremos compensar o que foi eliminado pelo compressor. Por exemplo, caso tenha sido eliminado 5 db, aumentamos 5 db no Output para termos mais ganho. Com isso fazemos com que o som tenha mais punch.
  • HARD KNEE – SOFT KNEE: Neste parâmetro escolhemos se queremos uma compressão forte ou suave.
    • HARD KNEE = Forte .
    • SOFT KNEE = Suave.
Lembrando que essa compressão inicia-se depois do nível estabelecido no threshold.






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