segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dicas de Áudio Digital

Montando um Sistema de Gravação digital em HD:

Se você está escolhendo um sistema de áudio para gravação em Hard Disk, existem basicamente 3 caminhos a serem seguidos:    


a) Você não decidiu nada.
b) Você já tem ou já decidiu por determinado(s) software.
c) Você já tem ou já decidiu por determinada(s) placa(s).

                         
a - Você não decidiu nada ?

Existem várias formas de optar por um equipamento. A primeira é o orçamento. Se não for possível comprar o equipamento que você precisa com o orçamento que dispõe, escolha por um mais barato, mas tome cuidado, às vezes é melhor não comprar nada à comprar algo que não serve para nada. Resolvido o problema do orçamento, decida exatamente para que vai ser utilizado o equipamento.



Você deve saber de antemão se vai trabalhar conjugado à outros equipamentos (DAT, ADAT, Minidisk, Mesas Digitais), quantas pistas deve gravar e reproduzir simultaneamente, se os efeitos serão colocados dentro ou fora do computador, qualidade do áudio, qualidade dos drivers, etc. Decida sobre o conjunto de fatores e equipamentos disponíveis no mercado, procure ater-se ao conjunto e não apenas à um único equipamento. Nunca se esqueça de investigar qual é a configuração de computador recomendada (não a mínima, mas a ideal) para o que quer fazer.

No caso de DATs, ADATs, Minidisks e outros equipamentos com entrada e/ou saída digital, é aconselhável uma placa de áudio também com entrada e saída digital. Existem alguns protocolos digitais diferentes ( S/PDIF coaxial, S/PDIF óptico, AES/EBU, ADAT litepipe) e incompatíveis entre si (veja nossa seção DICAS DE ÁUDIO). Nem todos os produtos trabalham com todos os protocolos. Verifique sempre se o protocolo digital do seu equipamento e da placa de áudio são iguais.

Se você precisa de mais de 2 entradas ou saídas de áudio, também precisa verificar quais placas e software aceitam esta função. No caso de mixagens externas ou adição de efeitos através de processadores externos isto pode ser indispensável.

O número de pistas para playback pode ser limitado pelo software ou placa, e ainda pelo seu computador. Verifique quantas pistas simultâneas de playback precisa. A qualidade do áudio é responsabilidade da placa, o software normalmente não tem nada a ver com isso. Em se utilizando entradas ou saídas digitais, a qualidade do áudio fica por conta do aparelho conversor analógico digital (DAT, ADAT, Minidisc, etc.).

Os "Drivers" são programinhas que controlam a placa. Juntamente com o hardware, são cruciais para o desempenho do sistema como um todo. Normalmente sistemas dedicados (Pro Tools) e placas com software especialmente desenvolvidos para elas (AudioWerk, Audiomedia) são mais rápidos e mais estáveis. Os software podem ser escolhidos por funcionarem melhor com esta ou aquela placa ou por possuírem características melhores para este ou aquele trabalho. Analise o "conjunto" antes de escolher. Agora que já escolheu um software ou placa, vamos adiante...


b - Você já tem ou já decidiu por determinado(s) software(s)?

Esta talvez seja a melhor opção, decidir primeiro pelo software que atende melhor as suas necessidades para depois verificar como serão seus complementos. Basta saber se o seu micro tem a "configuração recomendada" para este software e escolher a placa mais adequada para ele. Note que a configuração recomendada não é a configuração mínima, que normalmente vem descrita na caixa do produto. Em geral esse mínimo não permite utilizar toda a capacidade do software, por isso, é bom perguntar ao suporte técnico qual a configuração recomendada, para evitar frustrações.

A escolha da placa em função do software é fácil. Em geral os software têm um suporte melhor para este ou aquele hardware. Alguns exemplos são:


Logic Áudio Gold ou Platinum c/:

1º - Audiowerk8, que são do mesmo fabricante (EMAGIC), assim sendo há um interesse da própria Emagic de que eles trabalhem perfeitamente juntos. Obs.: essa placa não tem MIDI, portanto é preciso levar em consideração a compra de uma segunda placa para o MIDI.

2º - Audiomedia III. O Logic Áudio é o melhor produto áudio/MIDI para a Audiomedia III.

Obs.: essa placa não tem MIDI, portanto é preciso levar em consideração a compra de uma segunda placa para o MIDI.

3º - Placas MME (Fortíssimo, Maxi Studio ISIS). Esta opção deve ser considerada para um sistema mais barato, mas não é o mais recomendado, pois o desempenho é muito inferior aos anteriores.

4º - Outras: Considere também, de acordo com suas necessidades de MIDI e entradas e saídas, as placas da série DELTA (Midiman) e as placas Gina, Darla e Layla (Echo), além da Wavecenter/PCI e Dakota (Frontier)


Cakewalk Pro Áudio 9.0 c/:

1º - Placas MME (Fortíssimo, Maxi Studio ISIS). O Cakewalk é o melhor produto quando se trata de economizar. Ele consegue trabalhar num nível muito aceitável com placas MME, além disso pode tirar proveito de uma placa como a ISIS que possui 8 entradas e 4 saídas.

2º - Audiomedia III, o suporte do Cakewalk para a Audiomedia não permitia full duplex. Isto até o lançamento do driver Wavedriver versão 1.3 da Digidesign (para Windows 95 e 98), que permitiu utilizar a Audiomedia III como uma placa MME. Já está disponível no site da Digidesign (www.digidesign.com) esse driver e também o Wavedriver 1.5 (somente para Windows 98) Obs.: Essa placa não tem MIDI, portanto é preciso levar em consideração a compra de uma segunda placa para MIDI.

3º - Outras: Considere também, de acordo com suas necessidades de MIDI e entradas e saídas, as placas da série DELTA (Midiman) e as placas Gina, Darla e Layla (Echo), além da Wavecenter/PCI e Dakota (Frontier)


Sound Forge c/:


Este é um software de uma pista (mono ou estéreo) por vez, e não exige muito da placa de áudio ou do micro. Funciona bem com qualquer placa que tenha driver MME, mesmo que não sejam dos melhores.

1º - Placas MME ( Fortíssimo, Maxi Studio ISIS, Midiman Delta 44 ou Delta 66).


Logic Áudio + Sound Forge c/:

1° DELTA série ou Gina, Darla ou Layla (Echo)


Samplitude + Sound Forge + Cakewalk c/:

1º - DELTA série ou Gina, Darla, Layla (Echo).

2º - Placas MME ( Fortíssimo, Maxi Studio ISIS) funcionam bem com todos os software.


c - Você já tem ou já decidiu por determinada(s) placa(s)?

Não existem muitas diferenças entre esta e a opção anterior. Na verdade, basta inverter o caminho.

1º - Placas MME (Fortíssimo, Maxi Studio ISIS, Delta 44, Delta 66, Delta 1010). Placas indicadas para rodar com quase todos os software do mercado. São as mais compatíveis com produtos como: Cakewalk, Samplitude, Sound Forge, etc. Obs.: no caso de placas com mais de uma entrada ou saída (EWS, ARC44, Wave Center) deve ser escolhido um software que permita usá-las (Cakewalk Pro Áudio, Samplitude).

2º - Audiowerk8, se você optou por esta placa, só podem haver duas razões. Ou quer trabalhar com o Logic Áudio, ou precisa de 8 saídas de áudio, mixando "na mesa".

3º - Audiomedia III, trabalha bem e tem excelente qualidade de áudio, porém tendo apenas duas entradas e saídas, é preferida apenas para masterização.


O que é o Pro Tools ?

O Pro Tools é um software para Macintosh ou PC. Dependendo do hardware (placas/interfaces) a capacidade do sistema Pro Tools pode ser ampliado de acordo com suas necessidades. Do mais simples ao mais avançado sistema, o Pro Tools tem sido utilizado por anos, tanto por home-studios como pelos maiores estúdios musicais e de cinema do Brasil e de todo o mundo.

Atualmente existem várias opções para configuração de um sistema Pro Tools, com as versões Pro Tools 5.1 e Pro Tools LE 5.1 (uma versão mais simples): Para o software Pro Tools existem 4 opções de interfaces de áudio, descritas ao final deste texto.


  • Tool Box: Software Pro Tools LE e placa de áudio Audiomedia III. Possui 2 entradas e saídas analógicas e 2 entradas e saídas digitais (S/Pdif coaxial). Permite a gravação de até 24 pistas de áudio, possui recursos básicos de MIDI e plug-ins em tempo real pelo novo sistema RTAS (Real Time Audio Suite). A Audiomedia III não possui conexões MIDI, portanto é necessário usar uma placa ou interface que realize a função de gravação e reprodução dos dados MIDI. Disponível na versão Macintosh e Windows 98 SE ou Windows ME.

  • Digi 001: Software Pro Tools LE e interface de áudio externa Digi 001 (24-bit) com 8 entradas e saídas analógicas (2 delas com pré-amplificação e phantom power), 8 entradas e saídas digitais no formato ADAT e mais 2 entradas e saídas digitais (S/Pdif coaxial ou óptico). Saída de monitor e saída de fone de ouvido com volume individual no painel frontal. Possui ainda entrada e saída MIDI, permitindo a conexão de teclados controladores, módulos de som ou superfícies de controle (como a Motormix) Permite a gravação/reprodução de até 24 pistas de áudio. possui recursos básicos de MIDI e plug-ins em tempo real pelo novo sistema RTAS (Real Time Audio Suite). Disponível na versão Macintosh e Windows 98 SE ou Windows ME.

  • Pro Tools 24: Software Pro Tools e várias opções entre interfaces de áudio. O sistema é composto de software e duas placas, a D24 (responsável pela conexão à interface) e a DSP Farm (responsável pelo processamento dos plug-ins em tempo real). O sistema pode possuir várias configurações e permite o uso de várias placas DSP Farm, para aumento da capacidade de processamento em tempo real. Permite a gravação/reprodução de 32 pistas de áudio em 16 ou 24-bit (expansível até 64 pistas), possui recursos básicos de MIDI e plug-ins em tempo real pelo sistema TDM. Disponível na versão Macintosh e Windows NT.

  • Pro Tools 24 Mix: Software Pro Tools e várias opções entre interfaces de áudio. O sistema é composto de software e uma placa, chamada Mix Core (responsável pela conexão à interface e pelo processamento dos plug-ins em tempo real, com capacidade 3 vezes superior às DSP Farms). O sistema pode possuir várias configurações. Permite a gravação/reprodução de 32 pistas de áudio em 16 ou 24-bit (expansível até 64 pistas), possui recursos básicos de MIDI e plug-ins em tempo real pelo sistema TDM. Disponível na versão Macintosh e Windows NT.

  • Pro Tools 24 Mix Plus: Software Pro Tools e várias opções entre interfaces de áudio. O sistema é composto de software e duas placas, a Mix Core (responsável pela conexão à interface e pelo processamento dos plug-ins em tempo real) e a Mix Farm (4 vezes o processamento da DSP Farm). O sistema pode possuir várias configurações. Permite a gravação/reprodução de 32 pistas de áudio em 16 ou 24-bit (expansível até 64 pistas), possui recursos básicos de MIDI e plug-ins em tempo real pelo sistema TDM. Disponível na versão Macintosh e Windows NT.

As linhas de Pro Tools TDM (PT 24, Mix e Mix Plus) não possuem conexões MIDI. Para utilizar esta função é necessário o uso de placa ou interface MIDI.

Interfaces para o software Pro Tools:

882/20 – Interface de áudio com 8 entradas e 8 saídas analógicas mais 2 entradas e saídas S/Pdif coaxial. Conversores A/D e D/A de 20-bit. Conexões P-10 balanceadas ou não-balanceadas.

888/24 – Interface de áudio com 8 entradas e 8 saídas analógicas mais 8 entradas e 8 saídas digitais AES/EBU. Conversores A/D e D/A de 24-bit. Conexões XLR.

1622 – Interface de áudio com 16 entradas e 2 saídas analógicas P-10 balanceadas ou não-balanceadas, 2 entradas e saídas digitais S/Pdif coaxiais. Conversores A/D e D/A de 20-bit.

ADAT Bridge/24Interface de áudio com 16 entradas e 16 saídas de áudio digitais no formato ADAT, mais 2 entradas e saídas S/Pdif coaxiais. Gravação e reprodução em 24-bit. A Adat Bridge na verdade trabalha como duas interfaces em uma só, sendo necessário um cabo “Y” e um cabo extra para funcionamento dos 16 canais simultaneamente.

Acessórios para o sistema Pro Tools:

Motormix – mesa de automação com 8 canais.

Pro Control – Mesa de automação que permite total controle de superfície do seu sistema Pro Tools. Com 8 canais de automação de todos os parâmetros do Pro Tools.

Fader Pack – Console para a mesa Pro Control que permite adição de mais 8 canais de controle. A Pro Control permite o uso de até cinco Fader Packs adicionais, com um total de 48 canais de automação.

Edit Pack – Console para a mesa Pro Control complementando o sistema com maiores funções (entre elas, teclado e trackball USB independentes e joysticks para controle de efeitos “surround”).

HUI – Interface da Mackie, para controle MIDI das automações do Pro Tools.

Control 24 – Último lançamento da Digidesign incorpora em um único equipamento uma mesa de som de 24 canais (com 16 pré-amplificadores Focusrite) e superfície de automação para os Sistemas Pro Tools Mix e Pro Tools Mix Plus.

Plug-ins para o sistema Pro Tools:

Digi Rack:

Digidesign plug-ins: D-fi, D-Fx, D-verb, Focusrite D2/D3, Maxim, DINR,

Development Partners: Mais de uma centena de fabricantes se associam a Digidesign para desenvolvimento de Plug-ins e outros acessórios. Visite a página da Digidesign (www.digidesign.com) para maiores informações.

Novidades na versão 5.1:

Dentre as maiores mudanças na nova versão do software Pro Tools estão a implementação de gravação e mixagem em Surround, maior nível de “undos” (16) e auto-save definido pelo usuário, possibilidade de abertura/criação de pistas estéreo (e surround em vários formatos), implementação de event list em MIDI. A versão TDM do Pro Tools 5.1 permitirá ainda o uso de plug-ins em RTAS, utilizando o processador da própria máquina, liberando maior espaço dentro das placas de DSP.


O que é mixagem ?

Confunde-se um pouco o conceito entre mixagem e masterização. Seria difícil traçar um divisor entre essas duas operações, mas vamos tentar de modo simples e objetivo explicar o sentido e a finalidade de cada uma dessas rotinas que são feitas no dia-a-dia, do músico amador ao técnico dos grandes estúdios profissionais.
Mixagem é o ato de após a gravação, “dosar” os instrumentos, timbres, vozes enquanto ainda estão em pistas separadas de gravação. Nessa fase o músico e o técnico procuram o melhor balanço para obter o resultado que esperam daquela gravação. Aumentar um volume, ajustar o panorâmico, ajeitar o reverb de uma caixa, equalizar uma guitarra, adicionar efeitos ou corrigir pequenos problemas da voz são feitos nesta fase. Isso é importante pois neste ponto as pistas ainda estão separadas, o que permite estas alterações individuais. Depois de finalizada a mixagem é feito o “bouncing” que significa juntar todas as pistas numa só (na verdade em duas pois falamos de um trabalho em estéreo; uma pista para o lado esquerdo, outra para o lado direito).


O que é masterização ?

A masterização envolve o mesmo princípio da mixagem: Obter o melhor resultado. Porém agora a música é um todo, não está mais separada em pistas, trilhas diferentes. Nela você define a melhor equalização, verifica se há necessidade de maximizar o ganho, utilizar um compressor, reduzir ruídos, e ainda adiciona alguns efeitos que atuariam na música toda (por exemplo, um pequeno reverb). A masterização é importante pois seu resultado é o que será ouvido. Na verdade masterizar é “esquentar o som” para que ele fique o mais perfeito possível, em termos de qualidade sonora e fidelidade.


O que são pistas simultâneas de playback ?

É o número máximo de pistas que um software consegue reproduzir ao mesmo tempo. Este limite pode ser previamente dado pelo software, pelo conjunto software e placa de áudio ou conforme a configuração de seu computador. Alguns softwares reproduzem apenas 16 pistas de áudio, outros softwares gravam “infinitas” pistas de áudio mas a sua placa só permite a reprodução de 24 canais simultaneamente. Em alguns casos o software e a placa permitem “infinitas” pistas de áudio, porém pode ter certeza.... Mais cedo ou mais tarde seu micro vai travar, pois não agüentou tamanho processamento.


Placa de áudio grava MIDI ?

Não. As placas que possuem apenas funções de áudio trabalham apenas com áudio. Porém é possível gravar a execução MIDI do seu teclado ou módulo para a placa de som, utilizando as saídas de áudio do seu teclado.


Como gravar arquivos MIDI em um CD de áudio?

Primeiro ponto é ter em vista de que o MIDI na verdade não é um áudio, e sim dados que informam certo dispositivo (placa, teclado ou módulo) que geram o som ouvido (para mais esclarecimentos consulte a seção DICAS MIDI). Então é necessário gravar este MIDI em áudio em um programa que possua esta função. O Sound Forge grava este áudio e automaticamente salva em wav que é o formato no qual o CD será gravado. Outros softwares como o Cakewalk, Logic Audio ou Vegas gravam em áudio, mas esses arquivos nem sempre são em wav mas sim em formatos específicos de cada programa. Neste caso é necessário antes fazer uma conversão exportando o arquivo para o formato wav.

Ao gravar mais de duas pistas de áudio é preciso antes de tudo fazer uma operação chamada “bouncing” (também utiliza-se expressões como “bounce to disk”, “Mixdown Audio”, “Export to Wave File” e outras) que salva todas as pistas em um só arquivo wav.



Como gravar MIDI e áudio em um notebook ?

O MIDI do notebook é conectado na saída para impressora (paralela) identicamente ao computador desktop. Pode-se utilizar interfaces como a Portman, Ou as da Mark of The Unicorn (MOTU). Já o áudio é uma grande complicação. Geralmente os áudios do notebook não oferecem qualidade satisfatória para gravação ou reprodução. Então faz-se necessário a utilização de uma placa de áudio com melhor qualidade. Mas onde instalar uma placa em um notebook? Bem, existe uma solução chamada DOC STATION que é um tipo de uma “caixa” que pode ser conectada a notebooks que tenham suporte para este tipo de equipamento. Nessa “caixa” existem slots para instalação de placas. Porém é uma solução bem cara e pouco utilizada.
Os modelos mais recentes de notebook contam com conexões USB e Firewire, que permitem a ligação de periféricos e Hds externos para gravação. Atualmente o mercado possui uma grande linha de produtos MIDI USB. A tendência atual do mercado, com o desenvolvimento deste protocolo USB (Universal Serial Bus) fez com que os fabricantes desenvolvessem interfaces de áudio também para este sistema. Assim hoje ficou muito mais fácil gravar e reproduzir áudio e MIDI em um notebook. Já é possível montar-se um estúdio profissional portátil, utilizando um Powerbook Mac, chassi de expansão Magma, DIGI 001 com Pro Tools e HD Firewire.


Quantas pistas de áudio um software pode rodar simultaneamente ?

Na teoria muitas. Na prática se aplica o mesmo conceito dos plug-ins e outras funções, sendo que na gravação e reprodução a peça mais importante da máquina é seu HD. HDs dedicados especialmente a áudio apresentam resultados melhores. Se forem SCSI obterão um resultado ainda melhor. Uma boa máquina deve rodar 16 a 20 pistas de áudio sem maiores dificuldades. E não se esqueça de que certos softwares ou placas possuem um número limitado de pistas já pré-determinado. Para conhecer as particularidades da configuração de um computador para áudio, visite a seção “Dicas – Computadores”.


Qual software é indicado para restauração de áudio de discos de vinil ou fitas?

Indicamos o Sound Forge atuando juntamente com seu plug-in Noise Reduction para plataforma PC e o Ray Gun da Arboretum, para plataforma Mac. Ambos constituem uma ótima opção para restauração de áudio.


Qual é a placa de áudio ideal para se trabalhar com mesas digitais ?

Estas mesas possuem entradas e saídas digitais e analógicas. Se você preferir utilizar as saídas digitais o ideal é utilizar placas que possuam o mesmo formato. As mais conhecidas e utilizadas são as mesas com entradas e saídas no formato ADAT, e para isso existem diversos sistemas ou placas no mercado. Atualmente o ideal é utilizar uma DIGI 001 da Digidesign, a MOTU 2408 da Mark of The Unicorn ou a Wavecenter/PCI ou a Dakota, ambas da empresa Frontier.


O que significa áudio em 16, 20, ou 24-bit ? E 44.1, 48 ou 96 kHz ?

Normalmente existe uma grande preocupação com a resolução (número de bits) do áudio digital de uma placa ou sistema de gravação. Porém muita confusão é feita nesse caso. A melhora da qualidade de áudio se deve a uma série de fatores e não somente à resolução. Ela deve ser considerada como mais um dos fatores determinantes na compra de um produto. Existem placas profissionais gravando em 16 bit e placas totalmente amadoras gravando em 20-bit. Isso não indica qualidade final de áudio. O mais importante é considerar também a qualidade dos conversores de áudio ou a relação de sinal/ruído. Ah, e não confunda o número de bits da conversão analógica para digital (ou vice-versa) com o número de bits de processamento interno da placa (processamento de efeitos, por exemplo).


Por que as funções em tempo real nos software de áudio são limitadas ?

Na verdade o limite está no computador utilizado. Tudo que roda em tempo real (Plug-ins e automações) necessitam de bastante capacidade de processamento. Caso contrário o software poderá “travar” a máquina. É importante sempre saber dosar o limite da máquina de acordo com suas necessidades e ter em vista de que quanto mais poderosa a máquina maior seu resultado.


O que são entradas e saídas de áudio digital ? E quais são os padrões de áudio digital ?

São conexões que permitem a transferência de áudio bit a bit sem perdas. Desta forma um áudio transferido digitalmente não perde nenhuma de suas características originais. Atualmente existem muitas placas e interfaces de áudio que possuem entradas e saídas digitais. Estas placas e interfaces comunicam-se digitalmente com outras placas ou equipamentos que possuam as mesmas saídas e entradas digitais como ADATs, DATs, Mini-discs, mesas digitais e outros. Cada um destes equipamentos possuem um ou mais padrões de transferência. Vamos falar um pouco sobre eles:
- AES/EBU: foi desenvolvido pela AES (Audio Engineering Society) juntamente com a EBU (European Broadcasting Union). Este formato utiliza conectores do tipo XLR (Canon) e pode ser usado cabos de até 100 metros. Este formato é considerado um dos mais profissionais do mercado.
- S/PDIF (Sony/Philips Digital Interface Format) foi derivado do AES/EBU. Utiliza cabos coaxiais de até 10 metros com conectores RCA ou em formato óptico com conexão TosLink e cabos ópticos. Praticamente todas as placas e interfaces do mercado usam este protocolo devido a maior simplicidade e custo menor.
- ADAT LitePipe (Alesis): Formato ótico de transferência digital capaz de transmitir por apenas um cabo ótico até 8 canais de áudio. Apesar de utilizar a mesma conexão do S/PDIF ótico são formatos totalmente diferentes. Algumas placas e interfaces fazem uso da mesma conexão, porém com opção de escolha entre os protocolos via software. O tamanho máximo permitido ao cabo é de 10 metros, e encontra-se no mercado cabos de 1, 2 e 5 metros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.