Compressor
O compressor é essencial na mixagem, com ele facilmente
controlamos a dinâmica de qualquer instrumento, e é com ele que
realçamos um determinado instrumento ou voz na mixagem.São várias as forma de compressão, e são vários os usos que damos ao compressor. Vamos ver os tipos de compressão e sua forma de utilização.
Primeiramente precisamos saber o que é compressor.
O Compressor nada mais é que um regulador de dinâmica do sinal de áudio. Dinâmica é a variação entre os trechos fortes e fracos de uma determinada passagem. Numa voz, por exemplo, sempre temos trechos fortes e fracos, que variam em volume. O compressor atua nessa variação, e com ele podemos deixar o volume mais homogêneo, diminuindo as variações de dinâmica, diminuindo os picos e aumentando os trechos fracos.
Vamos imaginar um piano que em determinadas partes da música fica alto, e em outras partes quase não aparece. Neste caso temos um problema de dinâmica, ou seja, o músico tocou determinadas notas de forma muito acentuada, e em outras partes tocou notas muito suaves. Dependendo do estilo da música, essa dinâmica pode ser até imprescindível, mas em outros estilos isso se torna um problema.
Usando um compressor de forma correta iremos reduzir esses picos, e automaticamente aumentar as partes fracas, fazendo com que o piano, ou qualquer outro instrumento, fique com o volume mais homogêneo do início ao final da música.
Existem diferentes tipos de compressores, cada tipo servindo para um uso específico.
Na maioria dos compressores podemos trocar o tipo de compressão.
Tipo de compressores
Os tipos de compressores são:
- CLASS A_R e CLASS A_U
- VCA
- FET
- OPTO
CLASS A_R & CLASS A_U
- Este tipo é encontrado nos compressores clássicos. Utilizam
válvulas e deixam o áudio com uma compressão mais quente.
VCA
- É um circuito que possui resposta rápida, e pode trabalhar
com uma quantidade exagerada de volume. Este tipo de compressão é
muito transparente, e é uma boa escolha para submixagens de
bateria.
- Este é o tipo de compressor que mais se aproxima da
característica valvulada. Com ataque muito rápido, este circuito
não é a melhor escolha para quantidade exagerada de volume. Ele
fica melhor aplicado em vozes.
- É um dispositivo eletrônico projetado para transferir
sinais elétricos utilizando ondas de luz, proporcionando assim
acoplamento com isolação elétrica entre a sua entrada e saída.
Fica muito bem utilizado em guitarras, baixos e tem seu uso muito
popularizado em tarefas de masterização.
Os controles do compressor
- THRESHOLD: É
com este controle que determinamos onde o compressor começa a
atuar, sua regulagem é em dB. Para entender melhor,
vamos supor que ajustamos o threshold em – 35 db, então quando o
áudio chegar nesse nível a compressão terá início, caso o nível
do áudio não chegue a – 35db o compressor não atua.
- RATIO: Após
ajustar o threshold, regulamos a sua intensidade. No
ratio temos as razões 2:1 , 3:1 , 5:1, etc. Ou seja, no lado
esquerdo da razão são mostrados os dB que estão entrando e no
lado direito são mostrados os dB que estão saindo (a taxa de
compressão). Como exemplo, vamos supor que temos 3 dB ultrapassando
o nível estabelecido em threshold. Sendo assim, o compressor vai
mandar para a saída apenas 1 db. Em outras palavras, quanto menor
for o número esquerdo da razão (o número antes dos dois pontos),
mais suave será a taxa de compressão, quanto maior for o número
esquerdo da razão, mais forte será a compressão.
- ATTACK: O Attack é o tempo que o compressor
levará para começar a atuar depois que o nível do sinal
ultrapassar o nível que está estabelecido em threshold. Na
prática, para liberarmos os transientes (picos do sinal) devemos
deixar o attack com um tempo lento. No entanto, se quisermos
eliminar os transientes, usamos um tempo menor de attack. Esse
ajuste é realizado em milissegundos.
- RELEASE: O Release é o tempo que o
compressor permanece ainda atuando depois que o nível
do sinal cai abaixo do nível estabelecido em threshold. Na prática,
para obtermos menos sustentação na nota usamos tempos curtos de
Release. Para obter uma maior sustentação usamos tempos longos de
Release, o que fará com que a nota seja comprimida por mais tempo.
Por exemplo, nas guitarras usamos tempos de Release lentos.
- REDUCTION: Aqui
é mostrado a quantidade de redução que o compressor está fazendo
no sinal. Isso é mostrado em dB.
- IN – OUT: Aqui podemos analisar o quanto
temos de entrada, e o quanto temos de saída no compressor, ou seja
antes de ser processado, e depois de passar pelos parâmetros.
- OUTPUT: Aqui na saída iremos compensar o
que foi eliminado pelo compressor. Por exemplo, caso tenha sido
eliminado 5 db, aumentamos 5 db no Output para termos mais ganho.
Com isso fazemos com que o som tenha mais punch.
- HARD KNEE – SOFT KNEE: Neste parâmetro
escolhemos se queremos uma compressão forte ou suave.
- HARD KNEE = Forte .
- SOFT KNEE = Suave.
- HARD KNEE = Forte .