Se vamos ligar dois aparelhos via MIDI, eles deverão obedecer este padrão. Precisamos saber, entre outras coisas, o seguinte:
- A conexão entre equipamentos MIDI se dá sempre com cabos cujas pontas têm plugs DIN de 5 pinos do tipo "macho". Cabe ao aparelho ter o plug tipo "fêmea". Só há três tipos de portas MIDI: In, Out e Thru. A porta In recebe toda e qualquer informação que se pretende mandar ao aparelho. A porta Out envia informação do aparelho. A porta Thru é um "espelho" da In. Todos os dados que chegam pela In são enviados pela Thru tal como estão., isto é, não há processamento por parte do instrumento.
- Um cabo MIDI sempre tem a informação transmitida em "mão única". Ela sempre entra por uma ponta do cabo e sai pela outra. Para haver "ida e volta" da informação entre dois instrumentos, é preciso ligar dois cabos, portanto.
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- O Plug Din usa os pinos 2 e 4, isto é, por enquanto não se usa os pinos 1, 3 e 5. (Cá entre nós, o pino central é aterrado no plug Out fêmea, mas a mensagem MIDI se dá sem problemas somente com os pinos 2 e 4 ligados)
- Cada cabo consegue transmitir até 16 canais MIDI diferentes.
- Todo equipamento com implementação MIDI deve obedecer rigorosamente à especificação. Informações recebidas não suportadas por ele (por exemplo, a velocidade da nota num teclado não-sensitivo) é simplesmente ignorada. ( No caso, ele toca a nota, mas com o seu som padrão interno; apenas a velocidade é ignorada).
- De um modo geral, qualquer mensagem MIDI que um instrumento não saiba interpretar é ignorada. Isso é bom, pois evita que os sintetizadores sejam desprogramados por acidente por receberem informação que era destinada a outro aparelho. Para se conseguir programar (ou desprogramar, como se queira...) um instrumento, é necessário que se queira e faça-se todos os ajustes necessários para tal coisa. Em tempo: não se tem notícia até hoje de um ‘vírus’ MIDI...
- O padrão MIDI, ao contrário de vários programas para computador, ainda está na versão 1.0, isto é, desde 1983 até aqui, qualquer dispositivo pode ser ligado a qualquer outro e os dois funcionarão, no que depender do padrão. Dadas as enormes dificuldades em se conseguir reunir todas as empresas hoje envolvidas em projetos MIDI (desde Microsoft até Hollywood, passando por dezenas de fabricantes de teclados, reverbs, mesas de som, etc.) para mais uma vez discutir um novo padrão, é muito difícil que haja uma versão 2.0 ou semelhante nos próximos anos.
- Por outro lado, o padrão, apesar de fixo em seu caráter básico, vem tendo várias adições ao longo dos anos, fazendo-o cada vez mais abrangente e capaz de lidar com as mais diversas características de instrumentos que venham a implementar MIDI, de simples teclados até sistemas de iluminação, passando pela indústria cinematográfica, além dos mais modernos controladores musicais, muitos até mesmo sem teclado.
por Theophilo Augusto Pinto
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